domingo, 24 de novembro de 2013

Não mais para você.



Ei, senta aqui, deixa eu te dizer: esse texto não é para você. Foram tantos escritos, divulgados, rasgados, engolidos. Uns dez ou vinte. Já nem lembro. Fostes o tema durante meses. Eu falei meses? Certo mesmo é dizer a verdade: você foi o meu tema durante praticamente 1 ano. Quase uma novela dessas que não empolgam, mas que prendem um ou dois telespectadores, nem que seja por desaviso. 
É certo que o implícito e suas linhas tortas não são fáceis de entender, mas veja bem, nesses tantos textos eu só faltei colocar seu nome por extenso, em letras garrafais, fonte 90 e destaque em neon. Seria um desastre, mas quem se importaria? Eu gosto é do estrago. Você sabe.
Eis que agora, quando não tenho mais vontade de escrever para você, só me resta te avisar que os próximos não serão seus. Aliás, pensando bem, os anteriores também não foram seus. MEUS. Porque os escrevi cheia de querer. Meus. Porque tinha mais de mim ali do que você já viu em carne, osso, pele, cheiro e suor. Meus. Porque vômito de sentimento não se rejeita. Meus. Porque no meu mundo palavra dita ou escrita vale mais do que cem mil réis. Meus. Porque várias vezes eu chorei e bebi minhas lágrimas enquanto escrevia. Meus. Porque eu escrevi Amor na sua testa e na minha enquanto você dormia. Meus. Porque o coração que pulsou na sua mão não era seu, mas meu. Só meu. Como você nunca foi. Como eu sempre quis que fosse. E como você nunca será de ninguém.