sábado, 13 de agosto de 2016

Eu voltei, amor.

Na noite passada revi alguns filmes da minha vida. Não estava na minha programação revirar as gavetas das minhas memórias, mas fui pega de surpresa. Quando dei por mim, estava emaranhada em pedaços de cenários que não me encaixo mais.
No passado eu amei um bocado. Amei de um jeito insano. Amei sem limites. Mas isso é papo para outro texto. No passado eu tinha muito a dizer e não sabia como. Daí eu escrevia loucamente. Colocava nas linhas tudo que eu sentia, todas as sensações complexas demais para serem ditas a quem deveria ouvi-las. Minha voz não ecoou. Meu coração, sim.
Ontem eu lembrei o quanto era lindo quando eu paria um texto e dizia aos quatro ventos tudo que estava entalado no meu interior rubro dourado. Era forte. Era pesado. Eram pedradas de amor. Eu era muito linda quando sentia e, consequentemente, escrevia. Fiquei pensando sobre as razões pelas quais deixei de escrever. Será que sinto menos? Será que virei pedra? Porra nenhuma.
Nada será como antes, mas eu permaneço a mesma. Bem mais madura. Com um tanto de aprendizados na mala. Menos ansiosa. Mais solta. Sempre e cada vez mais intensa. Sempre amor. 
É, eu voltei, amor. Sozinha. Minha. E é para ficar.