sábado, 7 de julho de 2012

Sobre o que eu acredito.

Toda vez que eu abraço meu travesseiro pra dormir fico pensando no que eu acredito. No que eu penso que acredito e no que eu deveria acreditar. Um universo estratosférico de coisas. 
Acredito no abismo e na multidão. No sim e principalmente no não. Acredito no que me dizem, mas antes no que eu interpreto. No amarelo do sol e no cinza escuro que habita o meio da lua.
Quando conheço alguém gosto de olhar fixo para os olhos no intuito de acreditar. Eu acredito em olhos. Em bocas, mãos e dentes. Acredito em quem é feliz, mas não em quem se pretende assim todos os dias. Acredito na tristeza, na zica, no mau humor. Em quem sorri, mas principalmente em quem chora. Acredito em horóscopo, tarô, corujas e tambor. Em sonhos, na força do acaso, na fé de quem ora. Acredito em ervas,  sal grosso, no meu pé de pimenta e em arruda atrás da orelha. Acredito no amor e no semáforo. Na minha mãe, no riso solto do meu sobrinho, em mim, em você e em quem eu ainda vou conhecer.  Eu vivo pra acreditar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário